VIII EAAFR - Intervalo Cultural com Padre Alberto

Gema e Pe. Alberto cantam Santo Aníbal

Quando imaginávamos que as surpresas já haviam acabado, nos deparamos com um dos anfitriões, Padre Alberto Oselin cantando a música Santo Aníbal, com muita fé, alegria e emoção. Acompanhado da Gema, Padre Alberto demonstrou ter fôlego e vitalidade para embalar uma noite de louvor inteira.

Após esta "canja", Pe. Alberto aproveitou a oportunidade para falar um pouco sobre sua vida sacerdotal e de seu sonho em ser missionário. Ele declamou a poesia “Sonho Missionário” de sua autoria:

Pe. Alberto: "Queria ser missionário!"

Sonhei, Sonhei, Sonhei...

Pragas desertas em terras distantes

E entre o verde de árvores anosas

Que nem de um só leão os mais abrasados raios

Nem o olho agudo de pessoa sã penetrar poderia

Vi obrar briosos um punhado de negros quietos, não silenciosos.

Aproximei-me deles e perguntei se conhecestes o Deus dos Cristãos.

Dos seus rostos, quase assombrados, percebi que os tinham embaraçados e postos em apuros.

Mas não me compreenderam. Em vãos pareceram os meus ditos estudados.

Aliás, os deixei pensativos e turbados.

Chorei por eles e rezei ao céu. Elevei os braços em cruz ao Divino cultor das Messes para impetrar muitos e santos operários.

Eles deixados os instrumentos e abaixado a voz,

Chegaram perto de mim assim que eu os visse

E as mãos aos céus eles também elevaram.

Quase em coro, emitiram sons.

Atônico eu seguia deles cada gesto.

E assim que me pareceu tivessem acabado

Rezando que o céu, bons os tornasse para mim,

Juntando todas as minhas forças levantei

E com a mão pedi atenção. Escutaram-me, mas nada compreenderam.

Então os saudei e deles me afastei.

Enquanto voltaram ao seu trabalho já começado

Comigo levantar pensava a triste sorte deles.

Chegando ao confim, prostrado novamente rezei.

Rezei ao Senhor dos povos que erudito me fizeste em prol deles e forte por divina virtude

Parecer-me avançar, mas o sonho por aí acabou.

               

Por falar em canto, poesia e alegria, Padre Alberto informou que em 13 de julho de 2013, ele estará completando 50 anos de sacerdócio e que neste ano vários eventos marcarão as festividades de suas bodas de ouro. O sacerdote rogacionista informou ainda que no mês de julho visitará as outras paróquias por onde trabalhou (Porto Alegre-RS, Criciúma-SC, Brasília-DF e Bauru-SP). Para terminar as comemorações ele viajará para a Itália, sua terra natal. Em breve ele divulgará mais notícias. Aguardem ...

VIII EAAFR - Lectio Divina

Pe. Raulino ensina a fazer a leitura orante da Bíblia

Padre Raulino foi o assessor convidado para explicar o que é "A Lectio Divina na perspectiva do Evangelho do Rogate" (Mt 9, 35-38). Em seus comentários, Pe Raulino expôs que “a Bíblia é o livro mais publicado e lido no mundo. Temos a expectativa de escutar Deus através da leitura da bíblia, por isso buscamos entender e ouvir a voz de Deus através da Lectio Divina, que é a leitura orante da Bíblia. Para que isto ocorra é preciso ter atitude de fé”.

Ele explicou que o processo da leitura orante da Bíblia é simples, mas é preciso compreender o processo que é composto de cinco degraus: Na LEITURA identificamos o que o texto diz. Na MEDITAÇÃO identificamos o que o texto diz para mim. Deve ser uma experiência subjetiva entre eu e Deus. É fazer o coração de Deus ressoar. Na CONTEMPLAÇÃO buscamos identificar o que o texto diz para mim. Na ORAÇÃO devemos responder a pergunta “o que o texto me faz dizer a Deus?” E no COMPROMISSO eu assumo um compromisso para a minha vida.

Para alcançar a leitura orante da bíblia, Pe Raulino orientou dez pontos a seguir:

01. Iniciar invocando o Espírito Santo;

02. Leitura lenta e atenta do texto;

03. Momento de silêncio interior, lembrar o que se leu;

04. Ver bem o sentido de cada frase;

05. Atualizar e ruminar a Palavra, ligando-a com a vida;

06. Alargar a visão ligando o texto com outros textos da Bíblia;

07. Ler de novo, rezando o texto e respondendo a Deus;

08. Formular um compromisso de vida;

09. Rezar um salmo apropriado;

10. Escolher uma frase como resumo para memorizar.

Pe. Raulino: "Para que isto ocorra é preciso
ter atitude de fé"

Ao final de sua exposição, ele exemplificou a leitura orante do texto com o texto bíblico que inspirou Santo Aníbal. “Jesus percorria todas as cidades e aldeias. Ensinava nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo mal e toda enfermidade.

Disse, então, aos seus discípulos: A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe.” (Mt 9, 35-38) 

VIII EAAFR (SAB) - Oração da Manhã

Edson e Marina conduziram a oração da manhã

O casal Edson e Marina do Núcleo Santo Aníbal, Bauru-SP, ficou responsável pela oração da manhã. Edson iniciou o momento pedindo que esquecessem os problemas e pensassem naquilo que era mais importante naquele momento, a paz. Após a invocação do Espirito Santo, Marina fez a seguinte oração: “Por Maria, mãe da rogação evangélica, nossa divina superiora, confirmai no serviço total de Cristo, vosso filho. Rogamos pelos missionários e por todos os operários do evangelho. Que eles anunciem com confiança a todos os homens, o nome do Salvador. Por meio do nosso fundador, quisestes difundir no mundo o vosso Rogate. Nós vos damos graças Senhor e Vos Glorificamos”.

Na sequência foi exibido um vídeo com imagens de Nossa Senhora tendo ao fundo a oração “Conheça o Segredo de Maria” recitada por Luzia Santiago e da música Virgem do Silêncio. A conclusão da oração da manhã ficou a cargo do Padre Danilo que deu a benção de Deus a todos.

VIII EAAFR - Início do segundo dia do Encontro

Luiz e Edna aproveitaram muito bem
a roda de chimarrão

No sábado, dia 13 de outubro, as atividades começaram com um belo café da manhã seguido de uma roda de chimarrão.

Sinceramente, nunca vi tanta gente tomando chimarrão em um só encontro.

Olha o tamanho da cuia que a Edna está segurando? Será que ela vai tomar tudo isso aí? 

Para aquecer ainda mais e ajudar na sintonia, todos os participantes do encontro refizeram a dança circular sagrada conduzida pela missionária Diane Galdino.

VIII EAAFR - Jantar Cultural

Equipe de Trabalho - Sempre Disponível a Servir

E como ninguém é de ferro, terminamos o dia, ou melhor, começamos a noite deste dia dedicado a Nossa Senhora Aparecida, com um belo jantar servido pela equipe de trabalho da Paróquia Cristo Rei.

O jantar estava maravilhoso. Como reclamar ou dizer que algo faltou ou não estava bem feito. Isto, com certeza, seria um grande pecado.

Equipe de Trabalho caprichou nas
refeições

Pela manhã fomos alimentados pelo pão da palavra e pelo corpo e sangue do Cristo ressuscitado, para alimentar o nosso espírito. E depois de um dia de intensas atividades, fomos presentiados por um belo jantar.

Como é bom saber que enquanto estávamos cumprindo com nossos objetivos propostos, pessoas de fé e amor, estavam atentos para que tudo estive pronto na hora certa. Mais uma vez a equipe trabalho estava lá, pronta a nos dizer: sirvam-se, bom apetite. E que apetite... 

A gaúcha mais famosa do Brasil não estava entre nós, mas o jantar era quase um banquete presidencial. Do cardápio nem precisamos listar. Pela foto ao lado podemos sentir que todos os pratos estavam maravilhosos. Podíamos comer com os olhos e com a boca. A sobremesa, bem a sobremesa, que Deus perdoe a nossa gula, mas foi difícil resistir a tantas goluseimas. Aí que saudades do sagu...

Peões mostraram habilidade na Chula

Quando pensávamos que estava na hora de descansar o esqueleto e se preparar para o dia seguinte, fomos agraciados com mais uma grande surpresa. Meninos e meninas do grupo Mirim do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) de Gravataí fizeram uma grande apresentação das danças que compõem toda a tradição cultural do Rio Grande do Sul. Xote, Vaneirão, declamação de poesias e até chula. Não faltou nada.

Quanto encontreiro disfarçado de gaúcho

No final, tinha muita gente querendo ser um pouquinho de prenda e peão. Barrrrrrrbaridade...

VIII EAAFR - Momento Mariano

Para concluir os trabalhos do primeiro dia, o núcleo Sagrado Coração de Jesus, Curitiba-Pr, conduziu o momento Mariano. Através de um terço missionário desenhado no piso do ginásio, cada um dos participantes ou casal ficou diante um coração que representava um Pai-Nosso ou uma Ave Maria do terço.

O objetivo deste terço foi assim apresentado: “Pelo terço missionário podemos nos encontrar com todos os povos e culturas da terra. Rompem-se os egoísmos e as intenções particulares em nossas orações para rezar pelas necessidades de todos os povos”.

A cada mistério a intenção era dedicada às dificuldades dos missionários e ao trabalho realizado pelos rogacionistas em cada um dos continentes. No momento final do terço, todos levantaram suas velas e cantaram Maria de Nazaré.

VIII EAAFR - Palestra da Missionária Diane Galdino

A segunda assessoria ficou por conta de Diane Galdino, Coordenadora Nacional das Missionárias Rogacionistas. Ao iniciar a sua apresentação Diane manifestou todo o seu carinho e afeto pelos casais que compõem as famílias Rog através da música Desejo de Flávia Venceslau que tem a seguinte letra:

Te desejo toda alegria ter a companhia

Colorindo a estrada em seu mais belo tom

Desejo a chuva na varanda
Molhando a roseira pra desabrochar

Desejo dias de sol pra fazer os teus planos
nas coisas mais simples que se imaginar

Te desejo a paz de uma andorinha
no vôo perfeito contemplando o mar

e que a fé movedora de qualquer montanha
te renove sempre, te faça sonhar

Diane disse que essa música retrata a interatividade da vida a dois. A interatividade que se faz através da ação de influência mútua. Através do estímulo uma para o outro. Da relação de cooperação e colaboração. Uma interatividade que se faz pela oração e pelo silêncio... Pela família, pela comunhão e pelo rogate.

Para dinamizar a apresentação, Diane convidou a todos para participar da dinâmica da interatividade através de uma dança. “Uma dança que nos conecte aos outros, a nós mesmos e a Deus. O objetivo dessa dança é tornar consciente o espírito em nosso caminho. É uma dança orante. Uma dança de meditação”.

A dança é composta de quatro passos assim descritos pela missionária: “O nosso amor que está do nosso lado. O primeiro passo medita o sou eu. No segundo passo nós reconhecemos o Espírito e vamos ao encontro Dele. No terceiro passo voltamos para a vida. No quarto passo, no cotidiano da vida nós temos que retomar o passado, mas o passado não é mais importante do que aquilo que ainda vai ser: o futuro. É uma dança sagrada. Uma dança que nós vamos rezar”.

Ela explica que pode haver alguma dificuldade: “Nós vamos sentir a música. No começo fica um pouco desencontrado, mas depois com a interatividade nós nos encontramos. Nessa experiência, nós nos ajustamos”.

Léo partilha a sua opinião sobre a dança circular

Depois da dança alguns dos participantes manifestaram a opinião sobre a experiência vivenciada. Veja o que a Léo, de Brasília-DF disse: "A vida é harmonia, é compasso, é confiança, é interação. E trazendo para a nossa vida de Família Rog é isso que a gente tem que ser. Nós temos que estar em harmonia um com o outro. E para estar em harmonia com o outro, eu tenho que estar em harmonia comigo mesmo. E lembrar sempre, que essa busca, essa união, esse movimento, é que nos torna irmãos e irmãos no rogate, conscientes de nosso papel, consciente da nossa missão. Juntos nessa harmonia nós vamos conseguir fazer o que o rogate pede e espera de cada um de nós".

VIII EAAFR - Palestra com a Irmã Terezinha

Irmã Terezinha apresentou o tema  "A Plenitude do

Silêncio na Vida do Casal"

A primeira assessoria ficou por conta da irmã Terezinha, da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, que trouxe uma reflexão sobre “A Plenitude do Silêncio na Vida Conjugal”. Em sua conversa ela destacou a necessidade de mudança mental para que o coração possa ser transformado. Para que isto ocorra o silêncio é fundamental, pois “ele é fruto da escuta”.

Irmã Terezinha lembrou que temos vários tipos de silêncio. O silêncio da morte, da traição, da censura, do medo... Existe o silêncio que cura, como o perdão e o amor, e o silêncio que adoece, como a inveja, as brigas, a traição e as mágoas. Ela destacou que hoje é difícil encontramos o silêncio. “Todas as pessoas andam conectadas, antenadas e interligadas com tantas coisas que não conseguem mais fazer silêncio. Quando eu faço o silêncio da escuta, a Palavra é necessária. A palavra entra pela boca e pelos ouvidos e desce até o coração”.

Das anotações que trouxe para partilhar conosco, uma frase chamou muito a atenção de todos: “A morte de uma comunidade (que também pode ser da família ou do grupo) começa quando se ouve apenas as palavras pronunciadas pela boca sem mergulhar a fundo na alma das pessoas para ouvir seus sentimentos, desejos e opiniões reais”.

Casal Valério e Maria de Curitiba-Pr

Como dinâmica, ela propôs duas perguntas aos participantes do encontro: “Qual o silêncio que constrói em minha família?” e “Qual o silêncio que destrói a família?”

Após os casais e sacerdotes apresentarem as opiniões deles, irmã Terezinha concluiu a apresentação com a seguinte afirmação: “O que é verdadeiramente grande cresce no silêncio”.

Pe. Tadeu destaca a importância do encontro anual

Pe. Tadeu lembrou que mais do que um encontro formativo, o que nos enriquece no encontro, principalmente, é convivência e a partilha das nossas realidades. “É podermos nos encontrar e nos confraternizarmos. Como é bom o encontro gerar um vínculo afetivo maior, uma amizade contagiante. Onde trocamos informações, experiências. E como isso enriquece a vida dos núcleos”, concluiu o sacerdote rogacionista.

Edson e Marina partilham a palavra de Deus

Após o almoço, Pe. Tadeu conduziu a celebração do ato penitencial destacando a necessidade do silêncio e da oração como forma de encontro com si próprio e com Deus. Após a leitura de um trecho do livro do Eclesiástico (21, 1-12), proclamada pelo casal Edson e Marina, Pe. Tadeu apresentou os sete pecados capitais e as virtudes necessárias para ajudar no exame de consciência e na reconciliação.

Pe. Valdecir ajuda os casais no exame de consciência

Para o exame de consciência individual, Pe. Valdecir lembrou que “diante de Deus todas as máscaras caem e estamos a sós. Por isso, peçamos que Deus nos ilumine para que vivamos uma vida feliz. Para que Ele nos mostre como devemos agir em todos os lugares por onde formos”. Antes do perdão dos pecados, todos repetiram a seguinte jaculatória: No Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção!

VIII EAAFR - Abertura

Robson e Vera agradecem a participação dos casais

O casal Coordenador Nacional, Robson e Vera, agradeceu o esforço de todos os presentes que se deslocarem até Gravataí lamentando a falta de alguns casais da Argentina.

Robson pediu para que todas as orações e feitos fossem em memória dos dois irmãos que faleceram recentemente, Sr. Olívio e Sr. Isidoro. Também foi dado as boas-vindas aos casais Valério e Maria e Edno e Josi que entraram no núcleo de Curitiba-Pr e participam pela primeira vez do encontro anual.

VIII EAAFR - Abertura

Pe. Jacinto agradeceu o empenho
da comunidade local

Na abertura do encontro o Pe. Jacinto Pizetti acolheu a todos os casais presentes lembrando do trabalho da comunidade local e dos Núcleo Nossa Senhora Menina em trabalhar da melhor maneira possível para receber a todos. Pe. Jacinto disse que tudo foi bem preparado, pois segundo o Ernani, o Núcleo Nossa Senhora Menina fez oficina em 2011 em Criciúma-SC, oportunidade em que ocorreu o VII Encontro Anual das Famílias Rog.

Pe. Jacinto destacou ainda a presença do casal fundador da Associação das Famílias Rog no Brasil, Antônio e Carol Di Giacomo lembrando que em 2012 a associação completou quinze anos de caminhada no Brasil.

VIII EAAFR - Missa de Abertura



Pe Tadeu preside a celebração de abertura do VIII EAAFR

O VIII Encontro Anual da Associação das Famílias Rog da Província Latino Americana começou na manhã do dia 12 com uma celebração eucarística na Paróquia Cristo Rei em Gravataí-RS, sede do núcleo Nossa Senhora Menina. A celebração foi presidida pelo Assistente Eclesiástico Nacional da Província Rogacionista São Lucas, Pe. Geraldo Tadeu Furtado. Em sua reflexão, Pe. Tadeu lembrou a “festa de Nossa Senhora Aparecida, mãe dos brasileiros, dos argentinos. Mãe de todos nós... E de quantas vezes em nossas famílias, em nossas vidas, nas nossas realidades quando, muitas vezes, falta o vinho bom. O vinho da compreensão, do amor, da solidariedade, da fraternidade, da providência, da amizade e da partilha. Peçamos a Mãe que interceda por nossas famílias e interceda por nossa Congregação Rogacionista da qual todos, aqui, também fazem parte”.